Urano é o deus primordial que personificava o céu. Foi gerado espontaneamente por Gaia e casou-se com sua mãe. Ambos foram ancestrais da maioria dos deuses gregos, mas nenhum culto dirigido diretamente a Urano sobreviveu até a época clássica, e o deus não aparece entre os temas comuns da cerâmica grega antiga. Não obstante, a Terra e o Céu podiam unir-se em uma solene invocação na épica homérica.
Urano tem vários filhos/irmãos , entre os quais os Titãs, os Ciclopes e os Hecatônquiros (seres gigantes de 50 cabeças e 100 braços). Ao odiar seus filhos, mantem todos presos no interior de Gaia, a Terra. Esta então instigou seus filhos a se revoltarem contra o pai. Cronos, o mais jovem, assumiu a liderança da luta contra Urano e, usando uma foice oferecida por Gaia, castrou seu pai e jogou seus testículos ao mar. Formou-se uma espuma, da qual brotou Dione, a deusa das ninfas. Do sangue de Urano que caiu sobre a terra, nasceram as Erínias e as Melíades.
Ele descendia dos antigos deuses Éter e Hemera, o Ar e o Dia.
Seu equivalente romano é Caelus ou Coelus - do qual provém caelum (coelum), a palavra latina para "céu".
Toda a descendência de Urano originou-se de sua união com Gaia, exceto Dione, nascida quando Cronos o castrou e arremessou os genitais mutilados ao mar (Tálassa).